quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Essa é para o Panda!!!

Não fique na mão!



Foto: Ricardo Soares
Por Ana Lídia Borba

Desde que foram introduzidos ao mercado em 2009, os câmbios eletrônicos conquistaram progressos notáveis. Ainda assim, há quem os veja com certa
desconfiança, atribuindo certos problemas que possam acontecer durante o pedal à falta de confiabilidade.

Nada mais equivocado. A maioria dos problemas com câmbios eletrônicos em competições pouco tem a ver com a confiabilidade do equipamento. Normalmente, trata-se de descuido do próprio ciclista, que, diante da nova tecnologia, não consegue encontrar mecânicos capacitados nem peças de reposição durante viagens. Sem contar que ele mesmo não faz a mínima ideia do que aconteceu
com o equipamento. Moral da história: fica na mão.

Isso não aconteceria se o experiente ciclista (ou seja, você!) fosse mais previdente e mantivesse a revisão em dia, entre outras precauções que podem passar sem o custo de mão de obra especialista. São medidas simples, como fazer o ajuste fino, conferir o encaixe dos cabos etc. Convencido? Então, confira
uma série de procedimentos que você mesmo pode fazer para evitar contratempos

1) Revise a bicicleta em um mecânico especializado

A Shimano oferece cursos gratuitos para os mecânicos que desejam trabalhar com câmbios eletrônicos. Procure fazer as revisões sempre com um profissional
capacitado e não espere encontrar assistência especializada onde for competir — pode não haver.

2) Não se esqueça de levar o carregador de bateria!

Mesmo que a bateria esteja cheia e a viagem seja de apenas dois dias, leve o carregador. É pequeno, leve — e um atleta prevenido vale por dois.

3) Proteja o câmbio

Os câmbios eletrônicos são tão sensíveis quanto os mecânicos. Na hora de embalar a bicicleta, desencaixe o passador traseiro da gancheira e proteja-o adequadamente. Atenção também com os cabos, que não devem ser pressionados ou esticados em excesso.

4) Retire a bateria para a viagem

Algum botão pode ficar pressionado durante o transporte e, com isso, consumir toda a bateria. Para evitar esse risco, retire a bateria do suporte e leve-a separadamente.

5) Carregue a bateria na mala de mão

No caso de viagem aérea, leve a bateria na sua bagagem de mão. No compartimento de cargas, com temperatura negativa, a carga das baterias de íons de lítio (como as dos câmbios eletrônicos e notebooks) é
consumida rapidamente.

6) Confira o encaixe dos cabos e a fixação do suporte de bateria
Ao montar a bicicleta, observe se os cabos estão bem encaixados nos passadores dianteiro e traseiro e nas conexões próximas ao guidão. Veja também se o suporte da bateria está bem fixado — principalmente no caso de bicicletas que não são próprias para receber o câmbio eletrônico e, portanto,
receberam alguma “gambiarra” na instalação.

7) Cheque se a bateria está mesmo carregada

Mesmo que a bateria tenha sido carregada antes da viagem, confira a carga ao chegar ao local do pedal. Para isso, pressione qualquer botão de mudança de marchas por alguns segundos e observe o indicador de carga: luz verde contínua significa que está cheia; verde piscando representa menos de 50% da
capacidade; se a luz for vermelha, é melhor recarregar
.
8) Faça ao menos um treino leve para testar a bicicleta

Mesmo que seja em um giro de 15 minutos, procure testar a bicicleta um dia antes da prova, prestando atenção em eventuais ruídos, falhas de freios, rodas presas ou lentidão na troca de marchas. É importante que o teste seja feito na véspera da prova, pois no dia não haverá tempo para resolver qualquer problema.

9) Aprenda a fazer ajustes básicos

Nem sempre você encontrará um mecânico que conheça câmbios eletrônicos ou terá internet à disposição para guiá-lo nas regulagens. O ajuste fino desse tipo de câmbio é bastante simples e raramente necessário, portanto vale a pena aprender a executá-lo.