A 17 km da linha de chegada da Paris-Roubaix, o Carrefour de l’Arbre é, com seu caminho de paralelepípedos, uma das partes mais difíceis e importantes da competição. Através de seus 2,1 km encontram-se poucos espectadores da corrida, porém, é um dos locais favoritos dos hooligans, famosos por tumultuar jogos de futebol, para atormentar os ciclistas.“Os espectadores eram vulgares e agressivos, sem respeito pelos corredores”, disse o francês e ex-ciclista profissional Martial Gayant. “Eu estava com alguns convidados no meu carro [seguindo a corrida] e eles ficaram assustados”.Além de Gayant, outro que sofreu com os hooligans belgas foi o diretor da Saxo Bank, Bjarne Riis, que teve um retrovisor quebrado e alguns carros de sua caravana atingidos por socos, cerveja e até pedras.Os competidores também não escaparam. De acordo com Filippo Pozzato (Katusha), segundo colocado na clássica, “os fãs belgas não foram muito educados”. “Eu levei uma cuspida de alguém”, contou o ciclista italiano. O diretor da corrida, Jean-François Pescheux, reconhece que há problemas no local. “O público mostra falta de disciplina e o Carrefor de l’Arbre está virando um setor crítico”, disse ao periódico “La Dernière Heure”. “Estamos procurando solução, mas até agora não achamos nenhuma. Usar barreiras como na floresta de Arenberg é quase impossível, e sem dúvida apenas levaria o problema a outro local”.
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