De acordo com o presidente da FECIERJ, local tem status de arena multiuso, mas não atende as normas para receber provas olímpicas
Erguido para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e sede do Campeonato Brasileiro de Pista nos últimos anos, o Vélódromo do Rio de Janeiro fechou suas portas no final de 2011, quando passou por reformas. Porém, a data para sua reinauguração já está selada. De acordo com o presidente da Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Santos, a reabertura acontece na primeira semana do mês de abril.
“Eu posso afirmar que o velódromo será reinaugurado no dia 4 de abril”, disse. “Ele agora passa a ser de uso compartilhado de três modalidades: ciclismo, patinação e ginástica artística. (quando foi inaugurado em 2009, ciclismo e patinação dividiam o espaço). Ou seja, se tornou uma arena multiuso”.
Santos lembrou que “o cronograma que já estava ocorrendo antes da reforma será mantido”. Com isso, as atividades designadas para o ciclismo de pista seguem de maneira normal, com clínicas de boas-vindas, que tem como objetivo instruir aqueles que desejam conhecer melhor a modalidade, com o primeiro contato com a bicicleta e os procedimentos da pista (uma junção da parte teórica e prática), assim como as escolinhas presentes na rede municipal, que tem o intuito de apresentar o esporte para as crianças.
Com a reinauguração confirmada, o velódromo será um alicerce para a equipe do Rio de Janeiro. Único time profissional do Brasil, que voltara a treinar no local. “Com todas essas atividades, posso afirmar que será o velódromo mais ativo do país, ainda mais com esse aumento no quadro de horários”, lembrou o presidente da FECIERJ.
Das 12 etapas do ranking nacional de pista, o Velódromo do Rio de Janeiro recebia quatro estágios por ano, o que reforça sua importância para a modalidade no Brasil.
Um ou dois?
O investimento para a construção do Velódromo de Jacarepaguá foi de R$ 14,1 milhões, porém, devido às limitações estruturais, ele não poderá sediar os Jogos Olímpicos, que acontecem no Rio de Janeiro em 2016. Com isso, um segundo velódromo – que atenda todas as exigências da UCI e do COI – será erguido.
Entre as carências estão à capacidade do local: atualmente cabem 1.500 pessoas, enquanto o mínino exigido é de 5 mil); iluminação, climatização e as pilastras de sustentação no centro do velódromo. “Desses problemas, poderíamos reverter três deles. Estender as arquibancadas, investir mais na iluminação e melhorar a ventilação no local, mas o padrão olímpico não permite pilastras no centro do velódromo, pois atrapalham a visão dos diretores e comissários de prova. Por isso, a opção por um segundo velódromo”, reforçou Santos, que não sabe a data de início das construções.
O presidente da FECIERJ, no entanto, deixou claro sua posição quando questionado a possibilidade do velódromo atual fechar as portas. “Eu acho uma incoerência. Temos várias modalidades e perfis. Um dos locais poderia ser destinado a clínicas e projetos sociais, enquanto outros para os profissionais; competições.”
“Só o fato de desmontá-lo, esperar pela reconstrução de um novo...abriria uma lacuna muito grande. Não se pode ficar meses e meses sem velódromo. Se nesse curto espaço de tempo já foi um caos junto aos atletas, imagine algo mais prolongado.”
Fonte: Prologo
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