Competição reúne as melhores equipes profissionais do mundo e terá oito etapas, terminando no próximo dia 29.
Após uma chegada bastante conturbada durante a primeira etapa do Tour da Turquia, marcada por uma grande queda quando restavam 1,5km, o brasileiro Rafael Andriato (Farnese Vini) conquistou a oitava colocação, conquistada em disputa contra os melhores velocistas do mundo.
Andriato é oitavo na primeira etapa (Crédito: Roberto Bettini)
- Fiquei muito contente com este meu primeiro resultado entre o dez primeiros colocados. O nível do Tour da Turquia é bastante alto e disputar uma chegada contra os melhores velocistas do mundo é muito emocionante – destaca Rafael Andriato.
O objetivo principal de Andriato seria trabalhar para o seu companheiro de equipe Andrea Guardini, mas infelizmente faltando 1,5km para a chegada aconteceu um grande acidente no meio do pelotão onde Guardini acabou sendo atrapalhado, com isso surgiu à oportunidade de disputar o sprint final e mesmo tendo trabalhado pesado para sua equipe nos últimos quilômetros o brasileiro demonstrou todo o seu talento e conquistou a oitava colocação.
A vitória ficou com Theo Bos (Rabobank), seguido de Matthew Goss (Greenedge), em segundo, e Daniele Colli (Team Type) em terceiro. Outros grandes nomes do ciclismo também disputaram o sprint, o italiano Alessandro Petacchi (Lampre) foi o quarto colocado e Francesco Chichi (Liquigas-Cannondale) terminou na sexta colocação.
O Tour da Turquia segue nesta segunda-feira (23) com a realização da segunda etapa, realizada entre as cidades de Alanya e Antalya com 153 quilômetros totalmente planos, onde provavelmente a decisão ficará novamente para o sprint final. Confira a classificação da primeira etapa
1 Theo Bos (Ned) Rabobank Cycling Team 3:05:55
2 Matthew Harley Goss (Aus) Greenedge Cycling Team
3 Daniele Colli (Ita) Team Type 1 – Sanofi
4 Alessandro Petacchi (Ita) Lampre – ISD
5 Boy Van Poppel (Ned) Unitedhealthcare Pro Cycling Team
6 Francesco Chicchi (Ita) Omega Pharma-Quickstep
7 Takashi Miyazawa (Jpn) Team Saxo Bank
8 Rafael Andriato (Bra) Farnese Vini – Selle Italia
9 Filippo Baggio (Ita) Utensilnord Named
10 Tom Veelers (Ned) Argos-Shimano Assista os últimos quilômetros
Cazaque garante segunda vitória da Astana nas
clássicas
Por Tadeu Matsunaga
Pode-se
dizer que a Astana teve sua redenção nas clássicas de primavera. Foram duas
vitórias: Enrico Gasparotto, na Amstel Gold Race, e Maxim Iglinskiy, neste
domingo, na Liége-Bastogne-Liége. O ciclista cazaque, com um ataque no grupo de
perseguição, superou Vincenzo Nibali (Liquigas) para celebrar sua principal
vitória na carreira. Seu companheiro, Gasparotto, ficou com a terceira
posição.
Philippe Gibert (BMC), campeão do ano passado, chegou a figurar
no grupo perseguidor, mas perdeu contato com os líderes e terminou numa modesta
16ª posição. Em meio às péssimas condições climáticas, nomes como Gilbert,
Joaquim Rodriguez, Damiano Cunego, Alejandro Valverde e os irmãos Schleck
estiveram apagados, enquanto surpresas como Iglinskiy, Nibali, Pierre Rolland e
Vasil Kiryienka prevaleceram.
Tradicionalmente decida em La Redoute,
este ano a decisão aconteceu na escalada em La Roche aux Faucons, quando
restavam 20 quilômetros para a meta. O trabalho árduo da BMC pelo seu líder,
Gilbert, acabou atrapalhado pelo ataque de Nibali na montanha, quando abriu uma
vantagem na descida,mas acabou neutralizado pelos perseguidores.
Com
Valverde, Rodriguez e Cunego sobrados, Iglinskiy se impôs. Sem forças para
responder, Nibali tentou uma perseguição, mas sem sucesso, administrando a
diferença para os rivais e assegurando um lugar no pódio.
Ao contrário do
que foi visto nos últimos anos, com a hegemonia de Fabian Cancellara e Philippe
Gilbert, as clássicas neste ano mostraram que não há nenhuma unanimidade até o
momento nas subidas. Uma prova que muitas surpresas poderão vir ao longo da
temporada.
Cataldo, Bazzana, Rolland, Lelay, Kiryienka e Mads Christensen
protagonizaram a primeira fuga do dia, chegando a conquistar uma vantagem de
1min30s em relação ao pelotão.
Classificação
1 Maxim
Iglinsky (Kaz) Astana Pro Team 6:43:52 2 Vincenzo Nibali (Ita)
Liquigas-Cannondale 0:00:21 3 Enrico Gasparotto (Ita) Astana Pro Team
0:00:36 4 Thomas Voeckler (Fra) Team Europcar 5 Daniel Martin (Irl)
Garmin - Barracuda 6 Bauke Mollema (Ned) Rabobank Cycling Team 7 Samuel
Sanchez Gonzalez (Spa) Euskaltel - Euskadi 8 Michele Scarponi (Ita) Lampre -
ISD 9 Ryder Hesjedal (Can) Garmin - Barracuda 10 Jelle Vanendert (Bel)
Lotto Belisol Team
Riccò é suspenso por 12 anos, dá adeus ao ciclismo de elite e vê uma carreira promissora acabar aos 28 anos de idade
O ponto final na carreira de Riccò
Por Aline Rodrigues
Foi dada a palavra final sobre o caso do italiano Riccardo Riccò. O Tribunal Nacional Antidopagem italiano confirmou a suspensão do atleta por 12 anos, após ter assumido uma autotransfusão de sangue em fevereiro do ano passado.
Aos 28 anos, o italiano teve um início de carreira promissor. Em 2008, terminou com a segunda posição no Giro d’Italia, tendo em seu currículo três vitórias na grande volta italiana. Sempre envolto em polêmicas, havia sido contratado pela holandesa Vacansoleil no final de 2010.
Quando foi descoberta a transfusão, Riccò assumiu o fato para um médico que o havia atendido, mas após ter se recuperado do grave estado de saúde negou qualquer autotransfusão. No entanto, o Ministério Público de Modena concluiu que há provas suficientes que confirmam a declaração do ciclista.
Antes deste caso, Riccardo já estava fora das competições por recomendação do COI (Comitê Olímpico Italiano), que indicou afastamento por 20 meses, por conta do doping no Tour de France 2008, onde foi detectada a substância EPO (eritropoietina). Fonte: Prologo
Espanhol, vice-campeão nos últimos dois anos, chega ao topo da clássica
Por Tadeu Matsunaga
Demorou, mas Joaquim Rodriguez (Katusha) conquistou seu primeiro triunfo em clássicas. O espanhol tornou-se campeão da Liège-Bastogne-Liège, e pois fim a sina que o perseguiu em 2011, quando acabou superado por Philippe Gilbert (BMC), na mesma Wallonne e também na Amstel Gold Race.
Rodriguez fez parte do grupo perseguidor que neutralizou as ações de Lars Petter Nordhaug (Team Sky) e Ryder Hesjedal (Garmin-Barracuda) na dura subida final, e contra-atacou para celebrar o triunfo, com Michael Albasini (GreenEDGE), em segundo, e Gilbert, em terceiro, corroborando com sua afirmação de estar próximo da condição física ideal.
Purito não conteve a emoção depois de cruzar a meta, afinal eram dois vice-campeonatos, em 2010 e 2011. Ele foi o terceiro espanhol a conquistar o título da prova na última década, se juntando a Igor Astarloa (2003) e Alejandro Valverde (2006).
"É a melhor e mais incrível de vitória de toda a minha carreira", disse Rodriguez. "Hoje é definitivamente um dos melhores dias da minha vida. Eu sempre fui apaixonado por essas corridas clássicas, e uma vitória nestas competições tem sido um dos meus objetivos: finalmente, depois de muitos bons resultados, consegui vencer”, emendou.
Classificação
1 Joaquim Rodriguez Oliver (Spa) Katusha Team 4:45:41
2 Michael Albasini (Swi) GreenEdge Cycling Team 0:00:04
3 Philippe Gilbert (Bel) BMC Racing Team
4 Jelle Vanendert (Bel) Lotto Belisol Team
5 Robert Kiserlovski (Cro) Astana Pro Team 0:00:07
6 Daniel Martin (Irl) Garmin - Barracuda 0:00:09
7 Bauke Mollema (Ned) Rabobank Cycling Team
8 Vincenzo Nibali (Ita) Liquigas-Cannondale
9 Diego Ulissi (Ita) Lampre - ISD
10 Jurgen Van Den Broeck (Bel) Lotto Belisol Team 0:00:11
Com um começo de temporada bem apagado, principalmente se comaparado com o nível apresentado em 2011 onde entre suas conquistas estão as três clássicas das Ardennas, Philippe Gilbert (BMC) parece estar demonstrando alguma reação para o ano de 2012. O belga alcançou um surpreendente 6º lugar na Amstel Gold Race, melhor resultado do ano, o que deixou o atleta em uma situação mais favorável para a etapa desta quarta-feira (18) da Flèche Wallonne.
Após o dia de treino para a próxima prova, onde percorreu 60km para reconhecimento do percurso com companheiros de equipe da BMC, Gilbert declarou estar satisfeito com o resultado obtido na Amstel. "Um resultado respeitável é bom para levantar a moral e ajuda a me recuperar um pouco mais rápido” completou.
De acordo com um jornal belga, o Het Nieuwsblad, a melhora apresentada por Gilbert no domingo foi de 1min33s comparado com sua última prova, porém sete segundos mais lento do que no ano passado. Mesmo o campeão belga aumentando seu nível de performance, ele ainda pode não estar bem o suficiente para defender os seus títulos na Flèche, quarta-feira (18), ou em Liège, no domingo (22).
O atleta admitiu não estar em sua melhor forma, mas acredita estar chegando a ela. “Nas últimas semanas a minha condição vem melhorando dia a dia", explicou ele, otimista. "Então, o tempo é o meu maior aliado". Ele realmente tem apresentado uma melhoria constante o que está dando esperança de um bom desempenho em prova. "Eu acho que nesse nível você realmente tem que estar no topo, e cada fracasso, por menor que seja, paga-se imediatamente" complementou.
O campeão belga diz estar mentalmente pronto para os próximos desafios. Gilbert é o atleta da casa na Ardennas, principalmente nas estapas Flèche e Liège, onde concentra-se a maioria de seus fãs."Eu estou bem, que bom estar aqui", ele disse "Eu não vou ficar satisfeito se eu não conseguir outro bom resultado e vou ficar ainda mais feliz se eu ganhar." Fonte: Prologo
Usada quando você está cansado e quer ser expulso da prova.
O sérvio Ivan Stevic (Partizan SRBIJAN) foi expulso dessa prova (Tour de Qinghai Lake – China) depois de fazer esse gesto “amistoso” para brincar com um mecânico da equipe que havia feito uma piada sobre o seu estado de forma.
Ele até que pediu desculpas, mas não adiantou: foi expulso e multado em 1.000 francos suíços.
Prestes a completar dois anos de molho do ciclismo, Contador fala de sua volta e dos convites que têm recebido
Foto: divulgação
Por Aline Rodrigues
Campeão das três grandes voltas do ciclismo europeu (Tour, Giro e Vuelta), Alberto Contador segue na contagem regressiva para retornar ao ciclismo. “El Pistoleiro”, como é chamado, admitiu que tem recebido sondagem de algumas equipes do pelotão, mas reforçou que a prioridade ainda é da Saxo Bank, time pelo qual competiu na última temporada.
Aos 29 anos, Contador afirmou que a preferência em permanecer no time dinamarquês vai além do fator financeiro. De acordo com o espanhol, seis equipes já entraram em contato para saber a possibilidade de contar com ele no mês de agosto, quando estará livre para voltar às competições.
"Estou trabalhando nisso (negociações do contrato). Haviam seis equipes interessadas, entre elas a Movistar. Mas, sem dúvida, a minha prioridade é a equipe Saxo Bank, que me deu seu apoio incondicional nestes tempos difíceis e, isso é algo que o dinheiro não pode comprar. Foi uma atitude digna. Uma honra e não há preço.”
O diretor esportivo da Saxo-Bank, Tristan Hoffman, divulgou o retorno do ciclista após a suspensão que termina 5 de agosto, e confirmou a reestreia do competidor no Eneco Tour. Em entrevista à rádio Cadena Ser, Contador anunciou que voltará a correr antes da Clássica de San Sebastian. “Posso confirmar que estarei na Vuelta a España. Estou muito motivado com todas as corridas que vou participar. Além disso, o Tour de France é especial e eu estarei lá mais motivado do que se eu tivesse competindo há 80 dias", revelou.
Aos 25 anos, russo admite ter utilizado a substância que foi detectada no doping
Foto: divulgação
Por Aline Rodrigues
Após a UCI (União Ciclística Internacional) confirmar a suspensão provisória do ciclista Denis Galimzyanov (Katusha) das competições e seu exame testar positivo para EPO (eritropoietina), o russo confirmou nesta terça-feira (17) que realmente fez o uso da substância.
Em menos de 24 horas após o anúncio da UCI, o competidor publicou uma carta assumindo a responsabilidade por suas ações e diz que está "pronto para enfrentar a punição adequada."
Galimzyanov fez questão de assumir sozinho o erro e escreveu um comunicado absolvendo a culpa da Katusha. "Eu gostaria de chamar a atenção e dizer que a Katusha não está envolvida no que aconteceu", relatou. "Nenhum membro da equipe sabia sobre o que eu fiz. Foi uma decisão pessoal e de minha responsabilidade”.
Ao final da carta, Denis lamentou sua atitude e pediu desculpas à equipe e seus companheiros, além de seus fãs. O atleta afirmou que não fará um novo teste.
Com isso, ele deixa de ser uma opção da seleção de seu país para os Jogos Olímpicos, já que seus bons resultados o credenciavam como um dos membros do time na prova de estrada, em Londres (Inglaterra).