Fischer no Campeonato Brasileiro do ano passado
Maior nome do ciclismo nacional na Europa, o catarinense Murilo Fischer não estará no Campeonato Brasileiro, que acontece na cidade de Rio das Ostras (Rio de Janeiro) entre os dias 24 e 26 de junho. De acordo com o ciclista de Brusque, a escolha foi difícil, mas pesou o fato de um calendário mais apertado e da presença dos Jogos Olímpicos.
“É uma decisão delicada, pois é algo extremamente representativo para um ciclista ser campeão nacional. Foi difícil fazer essa escolha, mas meu objetivo é focar na Olimpíada de Londres e tentar buscar um resultado importante”, afirmou Fischer.
O brasileiro confirmou que está cada vez mais confiante, após sofrer uma tendinite que o tirou do Giro d’Italia, em maio. Depois do retorno, Murilo participou da Volta da Noruega e, mais recentemente, do Criterium do Dauphiné, onde conquistou a 5ª posição na terceira etapa da competição.
“Atualmente estou treinando na Itália, na altura, e não tem como priorizar isso no meu calendário se for para o Brasileiro. Parar os treinos, viajar, voltar... Então decidi treinar do dia 15 de junho até 7 de julho nas montanhas, no Passo Pordoi, com 2.240 metros de altitude. Depois vou para o Tour da Polônia e, na sequência, tem os Jogos Olímpicos”.
Questionado sobre o que podemos esperar da seleção brasileira, em Londres, Fischer lembrou que antes de mais nada é preciso saber os nomes que estarão na capital inglesa. (Serão três representantes e um terá que fazer o contrarrelógio).
”É difícil definir nomes, mas eu apostaria no Rafael Andriato, que vem mostrando ter condições de fazer um bom papel. Tem um bom futuro como ciclista e uma terceira opção seria um ciclista que possa, de repente, desempenhar um bom contrarrelógio também”, lembrou ele, que também aposta em Andriato como favorito no Brasileiro.
“Eu pretendo ter uma equipe que trabalhe pra mim, que me ajude, pois não vai faltar determinação e foco. Estou me esforçando, quero estar muito bem preparado e acredito que a experiência de outras Olimpíadas e de estar no melhor ciclismo do mundo seja fundamental. Pode ser minha grande e última chance, já que não sei se estarei nos próximos Jogos”.
Sobre a sequência da temporada, o atleta afirmou que, apesar das ausências no Giro e no Tour de France, a Vuelta a España está em seu cronograma, assim como a Volta de Burgos, que ocorre no começo de agosto. “Temos muitas provas pela frente. Além de Burgos e da Vuelta, que estão no meu planejamento, como o Giro de Piemonte, a Milão-Torino e o Tour de Pequim. O Mundial também está entre meus objetivos”.
Por fim, Murilo Fischer também falou sobre seu futuro na Garmin-Barracuda e defendeu o líder da equipe, o norte-americano Tyler Farrar. “Hoje em dia existem poucos gregários no pelotão. Nem todos querem trabalhar, mas sei qual minha função. Tyler tem um capacidade incrível e superior a minha e tem seus méritos. Eu entro na corrida para ajudar, fazer meu melhor. E é pra isso que estou lá”.
“Eu ainda não tenho nada definido sobre meu futuro. Meu foco está na Olimpíada. Nas próximas semanas quero treinar direitinho e ter um grande desempenho.É uma grande equipe; uma equipe ProTour; mas ainda não conversamos nada sobre o futuro. Nas próximas semanas Jonathan Vaughters (diretor da Garmin) deve vir à Europa e , quem sabe, podemos conversar a respeito, mas até o momento nada”, finalizou Murilo Fischer, que fez questão de agradecer o apoio que tem recebido da CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo), que de acordo com ele “ajuda muito aos atletas”, ainda mais em ano olímpico.
Fonte: Prologo
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