segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Vino quer voltar

Após sofrer uma queda durante a 9ª etapa do Tour de France – 208 quilômetros entre Issoire e Saint-Flour -, Alexander Vinokourov (Astana) sofreu uma fratura na cabeça do fêmur direito, o que lhe forçou a abandonar a prova, além de anunciar que era hora de se aposentar.

Operado com sucesso e pronto para voltar a pedalar, o cazaque pode, mais uma vez, voltar ao ciclismo, disputando a Volta da Lombardia, em outubro deste ano. A competição seria uma espécie de despedida, assim sua última imagem no ciclismo não seria sendo carregado por companheiros de equipe. Mas a Astana parece que quer mais do que isso. O diretor comercial da equipe Aidar Makhmetov disse que o cazaque está livre para decidir sobre seu futuro, tanto para prosseguir disputando provas, como para ocupar um cargo diretivo em seu time ou na Federação Cazaque de Ciclismo.

“Vinokourov anunciou ontem, oficialmente, o seu retorno. Se ele decidir que não competirá mais em 2012, teremos de contratar outro ciclista para acumular pontos para nosso time. A única pessoa que pode decidir o que fará, a partir de agora, é ele. Tanto como ciclista, como diretor da equipe ou da federação, ele terá todo o apoio do time. Achávamos que ele iria se aposentar, mas será bom para nós se ele continuar. Não podemos forçar sua decisão, pois é uma questão individual”, declarou Makhmetov.

Desde que ocorreu a lesão, alguns acordos surgiram na equipe, que trouxe o atleta Andrey Kashechkin de volta. “Kashechkin foi um dos co-fundarores da Astana – com Vinokourov, em 2006. No Cazaquistão, não há muitos ciclistas de seu nível, como na Espanha, Itália ou França e ele tem tudo para se destacar. Esperamos que, durante esta Vuelta, ele já comece a mostrar bons resultados, pois vemos um futuro promissor para ele”, apostou o cartola.

“Estamos muito satisfeitos com a nossa performance no contrarrelógio por equipes de sábado. Foi o melhor resultado da Astana desde a vitória do Tour de France 2009, mas isto aconteceu quando Alberto Contador, Levi Leipheimer e Lance Amrstrong faziam parte do invencível time”, relembrou.

Desde que começou a perder atletas para a RadioShack e para a Saxo Bank-Sungard, a Astana adotou a política de trazer atletas jovens do Cazaquistão. “Para o próximo ano, estamos criando a Astana 2. A Astana será, a partir de agora, um time internacional com atletas não apenas cazaques, mas também estrangeiros”.

Makhmetov se recusou a revelar possíveis nomes para 2012, negando a chegada de Davide Rebellin, dizendo que isto nunca irá acontecer. Porém, com a saída de Allan Davis para a GreenEDGE e de Rémy Di Gregorio para a Cofidis, a Astana terá de achar outro ciclista, caso Vinokourov não volte a defender as cores da equipe, durante a próxima temporada.

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